TERRA-MÉDIA NA PENUMBRA:
A NATUREZA TEOLÓGICA DO MAL EM O EXPURGO DO CONDADO
Mots-clés :
J. R. R. Tolkien, Teologia, literatura, Natureza do malRésumé
O Expurgo do Condado é o oitavo e penúltimo capítulo de O Retorno do Rei e, consequentemente, da trilogia O Senhor dos Anéis, de J. R. R. Tolkien. Entre os fãs e críticos, no entanto, o capítulo é considerado uma incógnita e até mesmo um anticlímax. A adaptação cinematográfica da obra, por exemplo, optou por não filmar o capítulo, porque ele aparentemente quebraria o arco narrativo e o triunfo vitorioso dos hobbits na volta ao lar. Neste artigo, entretanto, trabalharemos com a hipótese de que O Expurgo do Condado exerce um duplo papel sumamente importante na trilogia como um tanto, pois ocupa um espaço fundamental na composição literária de O Senhor dos Anéis quanto parece explicitar a visão que J. R. R. Tolkien tinha acerca da natureza do mal.