O ASPECTO SECULAR-RELIGIOSO DOS PEANUTS:

UMA ANÁLISE TEOLINGUÍSTICA DA PRÉDICA DE CHARLES SCHULZ ATRAVÉS DA NARRATIVA FIGURADA

Autores

  • David Pessoa de Lira

Palavras-chave:

Charles Monroe Schulz, Charlie Brown, Peanuts, Teolinguística, linguagem religiosa e secular

Resumo

Charles Schulz era de origem luterana e afirmava que, em suas tiras, ele desenhava para dois tipos de editores: os seculares e os eclesiásticos. Ele salienta que trabalhava para editoras seculares através das associações de jornais e que, naturalmente, ele deveria ter uma certa cautela para expressar coisas. Fato é que Schulz também trabalhou para uma publicação católica romana, a Timeless Topix. Ele chegou a afirmar que várias pessoas em trabalho religioso haviam escrito para lhe agradecer pela pregação da sua maneira através das histórias em quadrinhos. Boa parte da vida de Schulz foi dedicada à tira dos Peanuts. Ele tinha o trabalho em igrejas para encorajar pessoas diante de certas dificuldades, mas o aspecto secular dos Peanuts, principalmente de Charlie Brown, trouxe contribuições no que diz respeito aos aspectos religiosos das pessoas quando a tira passou a ser amplamente divulgada entre 1958 e 1971. A influência foi tamanha que o reverendo presbiteriano Robert L. Short publicou The Gospel According to Peanuts (1962) e The Parables of Peanuts (1968). Os Peanuts, para Schultz, era uma “confissão de fé”. Este texto prima mostrar que, a despeito de sua finalidade de um cotidiano secular, Schultz deixa inferir, nos personagens de A Boy Named Charlie Brown, palavras de empoderamento e encorajamento, e isso transpassa as fronteiras da secularidade e da religiosidade. O presente artigo objetiva mostrar, por meio de uma análise teolinguística, como os Peanuts conservaram aspectos seculares e religiosos em sua linguagem.

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Publicado

2021-11-05

Como Citar

Pessoa de Lira, D. (2021). O ASPECTO SECULAR-RELIGIOSO DOS PEANUTS: : UMA ANÁLISE TEOLINGUÍSTICA DA PRÉDICA DE CHARLES SCHULZ ATRAVÉS DA NARRATIVA FIGURADA. Estudos Teológicos, 56(1), 40–54. Recuperado de http://revistas.est.edu.br/index.php/ET/article/view/708