UMA NOVA IMAGEM DE PESSOA?

NEUROCIÊNCIAS E FILOSOFIA: POSSIBILIDADES E LIMITES

Autores

  • Gerson Joni Fischer
  • José Raimundo Facion

Palavras-chave:

Neurociência, Pessoa e consciência, Livre-arbítrio e determinismo, Ente vivo e neuroética

Resumo

Existe um Eu que é senhor sobre a sua própria casa, o corpo, ou toda a realidade pessoal se reduz a um conjunto de ordem neurofisiológica? Há consenso no meio científico de que é por meio do cérebro que ocorrem todos os processos mentais; não na alma, na acepção dos dualistas clássicos, como substância separada e acima do organismo. O Eu em sua capacidade de livre escolha, porém, permanece um mistério não decifrado. Neurofilósofos de orientação naturalista propõem que liberdade e determinismo cerebral são compatíveis e, em seu entender, essa posição permite que – com limites – se prossiga falando de responsabilidade dos seres humanos por decisões. O fenômeno consciente e do livre-arbítrio não são prodígios do acaso, mas também não são meros produtos de uma causalidade linear. Situam-se no ser, que é sempre maior que a soma de todas as partes, ou seja, não reduzíveis ao seu cérebro. As ponderações acerca dos resultados e interpretações em torno das pesquisas do cérebro são, hoje, lugar privilegiado para uma neuroética com visão integral de pessoa e auxiliam a que se observem as possibilidades e os limites das neurociências.

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Publicado

2022-11-09

Como Citar

Fischer, G. J. ., & Facion, J. R. (2022). UMA NOVA IMAGEM DE PESSOA? : NEUROCIÊNCIAS E FILOSOFIA: POSSIBILIDADES E LIMITES. Estudos Teológicos, 51(2), 288–303. Recuperado de http://revistas.est.edu.br/index.php/ET/article/view/1007