(Ence)nação teatral:

A (est)ética do sacrifício feminino em The Countess Cathleen, de William Yeats

Autores/as

  • Raimundo Expedito dos Santos Sousa

Palabras clave:

Yeats. Teatro. Representação. Mulher. Hagiografia.

Resumen

Este artigo examina as figurações do feminino em The Countess Cathleen, primeira
peça que o escritor William Yeats escreveu para o Irish Literary Theatre, veio teatral do
nacionalismo cultural irlandês. A peça foi produzida em um projeto de nação que, a fim de provar
a virilidade dos homens nativos, subestimada pelo imperialismo britânico, instaurou um código de
hipermasculinidade que demandava, em complemento, um código de hiperfeminilidade análogo.
Atento às especificidades desse contexto de produção, o trabalho focaliza a construção da
protagonista, a Condessa Cathleen, com ênfase na dicotomia entre erotismo e sacrifício. A análise
permite considerar que Yeats se valeu de elementos da hagiografia como forma de heroificar a
personagem como emblema da resignação feminina e, sobretudo, como modo de salientar a
incompatibilidade entre o ethos sacrificial e o amor romântico.

Publicado

2021-08-31

Cómo citar

dos Santos Sousa, R. E. (2021). (Ence)nação teatral: : A (est)ética do sacrifício feminino em The Countess Cathleen, de William Yeats. Coisas Do Gênero: Revista De Estudos Feministas Em Teologia E religião, 5(1), 127–138. Recuperado a partir de https://revistas.est.edu.br/periodicos_novo/index.php/genero/article/view/621