Mulheres no Programa Bolsa Família:

emancipação ou culpabilização?

Autores/as

  • Camila Oliveira Nascimento

Palabras clave:

Assistência Social. Programa Bolsa Família. Gênero. Mulheres.

Resumen

O presente artigo é parte de um trabalho de conclusão de curso de especialização Lato
Sensu em Gestão Pública, realizado no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do
RN. Este estudo se debruça, fundamentalmente, na análise acerca das relações de gênero
presentes no Programa Bolsa Família (PBF) e de seus impactos para a vida das mulheres
beneficiárias do programa. Outrossim, a reflexão busca trazer elementos e conceitos para
repensar as relações sociais de gênero. Para se tornar mais preciso, vislumbra-se ir além da
constatação de desigualdades, em busca de articular esta descrição do real com uma reflexão
sobre os processos pelos quais a sociedade e o Estado burguês se utiliza destas supostas
diferenciações para hierarquizar e naturalizar as desigualdades entre os sexos. A pesquisa de
campo foi realizada no Centro de Referência de Assistência Social-CRAS, na cidade de Marcelino
Vieira/RN, por meio de entrevista semiestruturada com 6 (seis) mulheres beneficiárias do PBF.
Com base nas falas e análise do conteúdo, constata-se que tal Programa está atrelado a uma
rede de obrigações, o que reforça papéis estereotipados entre os sexos, à medida que o grupo
familiar é simbolizado pela presença da mulher, a qual é percebida tão somente pelos seus
atributos tidos como “naturais”, fortemente associado ao espaço doméstico.

Publicado

2021-08-31

Cómo citar

Oliveira Nascimento, C. (2021). Mulheres no Programa Bolsa Família:: emancipação ou culpabilização?. Coisas Do Gênero: Revista De Estudos Feministas Em Teologia E religião, 5(1), 139–153. Recuperado a partir de https://revistas.est.edu.br/genero/article/view/622