Fé e tempo na série Outlander
reflexões sobre mídia, desigualdade de gênero e o patriarcado
Palavras-chave:
Série Outlander, Cultura pop, Teologia, Gênero e PatriarcadoResumo
O artigo " tem como tema a religião não institucionalizada e questões de gênero na série "Outlander". O objetivo principal é refletir sobre a desigualdade de gênero e o patriarcado a partir da série, investigando o que há de religioso nas mídias e o "Sagrado" que as pessoas buscam na contemporaneidade, bem como a posição da mulher nesse contexto. A metodologia empregada baseia-se na análise da série televisiva "Outlander" como um instrumento para refletir sobre os questionamentos propostos. A série é abordada como um estudo de caso dentro da cultura pop. Analisa-se o contraste entre as visões de mundo das personagens Claire (mulher do século XX com mentalidade científica moderna) e Jamie (homem do século XVIII com visão de mundo influenciada por convicções religiosas e superstições). A análise aprofunda-se na forma como a religião tem legitimado a subserviência feminina ao longo da história , utilizando exemplos da série e discussões teológicas. São explorados conceitos como amor romântico e a manifestação do sagrado na cultura contemporânea. O artigo também discute a atuação da teologia prática e feminista na ressignificação de sentimentos como a culpa e na promoção da justiça de gênero. Conclui-se que a análise da série "Outlander" demonstra como a cultura pop se tornou um espaço fértil para a ressignificação das experiências religiosas. A série revela que, mesmo em uma sociedade secularizada, o sagrado persiste e se reinventa. O artigo finaliza afirmando que "Outlander" serve como um convite ao diálogo entre fé e cultura, ciência e espiritualidade, e tradição e transformação , abrindo caminhos para uma espiritualidade mais inclusiva e comprometida com a equidade e dignidade humana
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