TEOLOGIAS DO DOMÍNIO

REVISITANDO FONTES E AUTORIAS

Resumo

O objetivo deste artigo é descrever e analisar os principais autores e vertentes das teologias do domínio. Iniciando pela nomenclatura adotada, verificamos que o dominionismo pode ser compreendido por meio de duas vertentes, que, apesar das divergências, possuem o mesmo local de origem (os EUA) e o mesmo pressuposto: alcançar o domínio social e político para o estabelecimento de uma civilização cristã. A primeira vertente é chamada de Teologia dos 7 Montes (7M), que se refere à tendência pentecostal do dominionismo e tem como característica uma hermenêutica bíblica baseada em visões espirituais, profecias e batalhas espirituais contra os poderes que estão no governo das esferas sociais, as quais devem ser dominadas por cristãos como parte indispensável do cumprimento da Grande Comissão. A segunda é chamada de Teonomismo Reconstrucionista (TR), tendência reformada do dominionismo, cujo nome indica duas ênfases centrais: o teonomismo, ou seja, a crença de que a lei do Antigo Testamento deve ser replicada atualmente como lei corrente; e o reconstrucionismo, que postula um processo de reconstrução escatológica mediante o trabalho das famílias cristãs, que gradualmente passam a exercer domínio sobre a sociedade em todas as instâncias. Em suma, as teologias do domínio pressupõem que a tarefa cristã está ligada à retomada da sociedade nos moldes de sua própria compreensão da fé cristã, embora divirjam em relação ao que constitui o objeto a ser dominado (as esferas sociais em sua quantidade e qualidade) e o modo como o domínio deve ocorrer.