Do sofrimento à alegria de viver
Michel Henry e o imaginário gnóstico de nossa época
Palabras clave:
fenomenologia, vida, ipseidade, sofrimento, fruiçãoResumen
A fenomenologia de Michel Henry pode ser vista como um antídoto contra o imaginário gnóstico de nossa época. Certo, há uma “gnose” em sua fenomenologia, entendida como um “saber” que se dá pelo acesso a si mesmo sob a forma de um sentir originário. Mas esta “gnose” representa uma enfática recusa de qualquer visão pessimista da vida e da aventura humana. Remontar ao sentido originário de nossa ipseidade, à sua constituição mais íntima e imanente, não implica tomar a verdade da vida, nossa encarnação, nosso vínculo essencial ao sensível como algo a ser negado ou vencido. A “gnose” de Michel Henry não é aquela que se pergunta se vale mesmo a pena continuar a aventura humana, que põe em questão a importância de agirmos em benefício do mundo. Não! Ela manifesta o desejo de pensar nosso existir no mundo, com suas expressões e suas obras, com suas dores e seus sofrimentos, como representação, afirmação e, principalmente, fruição da vida. Nesse sentido, sua proposta pode ser vista como uma recusa explícita do gnosticismo, mesmo em suas versões secularizadas.
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