POPULISMO E “POVO”:
PRECARIEDADES E POLARIZAÇÕES COMO DESAFIO PARA OS DIREITOS HUMANOS NA PERSPECTIVA DE UMA TEOLOGIA PÚBLICA NA CONTEMPORANEIDADE
Palavras-chave:
Populismo, Brasil, Ernesto Laclau, Teologia Pública, povo de DeusResumo
Governos e tendências populistas estão em evidência no Brasil, na Europa, nos Estados Unidos. Não há dúvida que é necessário acompanhar criticamente tais desenvolvimentos, especialmente quando implicam violações de direitos humanos, nomeadamente de minorias, também quanto à conotações nacionalistas e religiosas. O artigo argumenta, no entanto, que a acepção feita de populismo tende a subestimar e desprezar o povo, as reais pessoas da população, entendendo ser ele uma massa manipulável de manobra na mão de alguns formadores de opinião e lideranças que conseguem sua adesão. Questiona-se esse desprezo e procura-se valorizar a participação do povo em sua(s) subjetividade(s) no espaço público. Ao mesmo tempo, como indica o predominante uso de aspas, argumenta-se que “o povo” representa uma categoria precária, na perspectiva tanto social quanto teológica. Esse fator impede sua defi nição unilateral, por um lado, e clama por seu reconhecimento como conjunto dinâmico de sujeitos em suas ansiedades e sonhos concretos, que merece uma atenta interpretação de sua localização, atuação e legitimidade, enquanto também clama pela observação crítica. Para tanto, nesta abordagem de cunho bibliográfi co e conceitual, será primeiro analisado o conceito de populismo e de “povo”. Em seguida, se buscará aprofundar a discussão do populismo em diálogo com Ernesto Laclau, numa conceituação divergente da comum, e, por fi m, mediante uma refl exão teológica na perspectiva de uma teologia pública, delinear possibilidades para o testemunho na sociedade por meio da presença, persistência e participação do povo.
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