(Ence)nação teatral:
A (est)ética do sacrifício feminino em The Countess Cathleen, de William Yeats
Palavras-chave:
Yeats. Teatro. Representação. Mulher. Hagiografia.Resumo
Este artigo examina as figurações do feminino em The Countess Cathleen, primeira
peça que o escritor William Yeats escreveu para o Irish Literary Theatre, veio teatral do
nacionalismo cultural irlandês. A peça foi produzida em um projeto de nação que, a fim de provar
a virilidade dos homens nativos, subestimada pelo imperialismo britânico, instaurou um código de
hipermasculinidade que demandava, em complemento, um código de hiperfeminilidade análogo.
Atento às especificidades desse contexto de produção, o trabalho focaliza a construção da
protagonista, a Condessa Cathleen, com ênfase na dicotomia entre erotismo e sacrifício. A análise
permite considerar que Yeats se valeu de elementos da hagiografia como forma de heroificar a
personagem como emblema da resignação feminina e, sobretudo, como modo de salientar a
incompatibilidade entre o ethos sacrificial e o amor romântico.
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