A violência estrutural da literatura para a atualidade
Palavras-chave:
Vidas Secas, violência estrutural, desigualdade, opressão, EstadoResumo
O presente artigo aborda a violência estrutural denunciada na obra literária Vidas Secas, de Graciliano Ramos, buscando na atualidade elementos ainda presentes dessa faceta da violência. Publicado em 1938, período em que os avanços em torno da estrutura política e econômica deram espaço à abertura ao sistema capitalista (aumentando os abismos entre populações marginalizadas e populações com maior prestígio na sociedade), o romance narra a história de uma família de retirantes do sertão nordestino totalmente excluída e marginalizada. Dessa forma, traz à tona uma série de violências e opressões sofridas pelas personagens e dá visibilidade à pessoa sertaneja e aos desafios enfrentados para sobreviverem. É perceptível identificar que há semelhanças com a atualidade e que as diversas formas de violência estrutural continuam a acontecer, sendo que os alvos mais frequentes se dão entre as populações mais marginalizadas. Destaca-se, assim, o caráter ainda atual da obra diante das violências que denuncia.
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