O estudo dos quadrinhos como tecnologias do imaginário

Autores

  • Guilherme “Smee” Sfredo Miorando Associação de Pesquisadores em Arte Sequencial (ASPAS)
  • Amaro Xavier Braga Junior Universidade Federal de Alagoas - UFAL

Palavras-chave:

Histórias em quadrinhos, Tecnologias do imaginário, Imaginário

Resumo

O artigo faz uma análise das histórias em quadrinhos a partir de uma teoria do imaginário que toma como base as abordagens de Durand (2012), Maffesoli (2001), Pitta (2005) e Silva (2003). Estruturado na forma de ensaio analítico, traça um perspectiva transversal e transdisciplinar, com base na revisão de literatura buscando aproximações entre os estudos dos quadrinhos e sua inserção como tecnologias do imaginário. São enumerados quatro principais formas de agência do imaginário nos quadrinhos: códigos ideogramáticos, leitura de imagens, a presença dos estereótipos e, por fim, o uso de mitologias e arquétipos. Conclui que estas categorias aliadas ao estudo dos quadrinhos podem auxiliar em futuros estudos sobre o imaginário e suas tecnologias na mídia quadrinhos.

Biografia do Autor

Guilherme “Smee” Sfredo Miorando, Associação de Pesquisadores em Arte Sequencial (ASPAS)

Doutor em Ciências da Comunicação (UNISINOS), Mestre em Memória Social e Bens Culturais (UNILASALLE), Especialista em Imagem Publicitária (PUCRS), Especializando em Histórias em Quadrinhos (EST), Bacharel em Comunicação Social: Publicidade e Propaganda (PUCRS). É roteirista de quadrinhos e designer editorial. Participa do grupo de pesquisa CultdeCultura (EST) e faz parte da Associação de Pesquisadores em Arte Sequencial (ASPAS).

Amaro Xavier Braga Junior, Universidade Federal de Alagoas - UFAL

É Bacharel e Licenciado em Ciências Sociais (UFPE), Esp. em História das Artes e das Religiões (UFRPE), Esp. em Artes Visuais (SENAC), Esp. em Gestão de EAD (Esc. Exército/UCB), Mestre e Doutor em Sociologia (UFPE), Mestre em Antropologia Social (UFAL). Pós-doutor em Teologia (Faculdade EST). É Professor Associado do Instituto de Ciências Sociais da Universidade Federal de Alagoas - UFAL.

Referências

ANSELMO, Zilda Augusta. Histórias em quadrinhos. Petrópolis: Vozes, 1975.

BRAGA JR, A. X. Desvendando o Mangá Nacional: Reprodução E Hibridização Nas Histórias em Quadrinhos. Maceió: EDUFAL, 2011.

BRAGA JR, Amaro X. Representação de etnia e gênero nos quadrinhos de super-heróis: questões estéticas e sociológicas. In BRAGA JR, Amaro X.; NOGUEIRA, Natania A. da S. (Orgs.). Gênero, sexualidade e feminismo nos quadrinhos. Leopoldina,MG: ASPAS – Associação de Pesquisadores em Arte Sequencial, 2020. p.117-163.Disponível em: https://is.gd/gensexfemhq. Acesso em 30 de abril de 2021.

BRAGA JR., A. X. A Representação Imagética do Social do Desenho Cômico até a Superaventura: Apontamentos Iniciais. Revista Sociologia em Rede, [S. l.], v. 13, n. 13, 2023. Disponível em: https://redelp.net/index.php/rsr/article/view/1395 . Acesso em: 20 jun. 2023.

BRAGA JR., A. X. Por Uma Sociologia Da Imagem Desenhada: Reprodução, Estereótipo E Actância Nos Quadrinhos De Super-Heróis Da Marvel Comics. Tese de Doutorado em Sociologia. Programa de Pós-graduação em Sociologia. Universidade Federal de Pernambuco. Recife: UFPE, 2015.

BRAGA JR., A. X.; SILVA, Valéria Fernandes. (Orgs.). Representações Femininas nas Histórias em Quadrinhos. Maceió: Edufal, 2015.

BRAGA JR., Amaro Xavier; PERRUSI, Artur. Representações da loucura e da vilania em Batman. 9ª Arte (São Paulo), [S. l.], v. 2, n. 1, p. 33–44, 2013. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/nonaarte/article/view/136940. Acesso em: 2 out. 2023.

CAGNIN, Antonio L. Os quadrinhos. São Paulo: Ática, 1975.

CAMPBELL, Joseph. O herói de mil faces. São Paulo: Cultrix/Pensamento, 2010.

CARNEIRO, Maria Clara da Silva Ramos. O regime autográfico: a negociação entre a narração e a plasticidade dos quadrinhos. Revista Esferas, Brasília, ano 5, n. 9, p. 57-67, jul./dez. 2016. Disponível em https://portalrevistas.ucb.br/index.php/esf/article/view/8056 Acessado em 10 de abril de 2021.

CATALÀ DOMÈNECH, Josep M. A forma do real: introdução aos estudos visuais. São Paulo: Summus, 2011.

CHINEN, Nobu. Linguagem HQ: Conceitos Básicos. São Paulo: Criativo, 2011.

CONTRERA, Malena Segura. Mediosfera: meios, imaginário e desencantamento do mundo. Porto Alegre : Imaginalis, 2017.

DUNCAN, Randy; SMITH, Matthew J.. The power of comics: history, form and culture. Londres: Bloomsbury, 2015.

DURAND, Gilbert. Estruturas antropológicas do imaginário: introdução à arquetipologia geral. São Paulo: Martins Fontes, 2012.

EISNER, Will. Narrativas gráficas: princípios e práticas da lenda dos quadrinhos. São Paulo, Devir, 2013.

EISNER, Will. Quadrinhos e arte sequencial: princípios e práticas do lendário cartunista. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2012.

ELIADE, Mircea. The Myth of the Eternal Return: Cosmos and History. Princeton: Princeton UP, 1971.

GOMBRICH, Ernest H. Arte e ilusão. São Paulo: Martins Fontes, 1995.

GROENSTEEN, Thierry. O sistema dos quadrinhos. Nova Iguaçu, RJ: Marsupial Editora, 2015.

HALBWACHS, Maurice. Memória coletiva. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 1990.

LAPLANTINE, François. TRINDADE, Eliana. O que é imaginário? São Paulo: Brasiliense, 1996.

MAFFESOLI, Michel. O imaginário é uma realidade. In: Revista Famecos, no. 15, pp. 74-82, 2001.

McCLOUD, Scott. Desvendando os quadrinhos. São Paulo: M. Books, 2005.

MIORANDO, Guilherme Sfredo. Os quadrinhos silenciosos contra a memória de silenciamento dos queer: identidade e sexualidade em Quadrinhos Queer., 2021. [no prelo].

MOYA, Álvaro de. (Org.). Shazam! São Paulo: Perspectiva, 1977.

PITTA, Danielle Perin Rocha. Iniciação à teoria do imaginário de Gilbert Durand. Rio de Janeiro: Atlântica Yendis, 2005.

QUELLA-GUYOT, Didier. A história em quadrinhos. São Paulo: Unimarco Editora/Edições Loyola, 1994.

RAMOS, Paulo. A leitura dos quadrinhos. São Paulo: Contexto, 2009.

RIENO, Lucas Santiago Arraes. BUENO, Thaísa Cristina. GEHLEN, Marco Antônio. ARAÚJO, Ed Wilson Ferreira. Um olhar da Comunicação sobre o imaginário e a pós-modernidade: entrevista com Juremir Machado. In: InTexto. Porto Alegre, UFRGS, n. 41, p. 4-13, jan./abr. 2018. Disponível em https://seer.ufrgs.br/intexto/article/view/72075 Acessado em 10 de abril de 2021.

SILVA, Juremir Machado da. Cinco versões do imaginário. Memorare, Tubarão, v. 7, n. 3, set/dez. 2020. p. 8-15. Disponível em http://www.portaldeperiodicos.unisul.br/index.php/memorare_grupep/article/view/10205/5497 Acessado em 10 de abril de 2021.

SILVA, Juremir Machado da. Diferença e descobrimento: o que é o imaginário? (a hipótese do excedente de significação). Porto Alegre: Sulina, 2017.

SILVA, Juremir Machado da. Tecnologias do imaginário. Porto Alegre: Sulina, 2003.

SMEE, Guilherme. As eras dos quadrinhos - parte 3. Splash Pages. Publicado em 11 de fevereiro de 2013. Disponível em https://splashpages.wordpress.com/2013/02/11/as-eras-dos-quadrinhos-parte-3/ Acessado em 10 de abril de 2021.

TINTIN.COM. Tintin in the Congo. Publicado em s/d. Disponível em https://www.tintin.com/en/albums/tintin-in-the-congo Acessado em 10 de abril de 2021.

VARGAS, Alexandre Linck, MIORANDO, Guilherme Sfredo. Animais humanizados e a poética do silêncio em “Pétalas”, de Gustavo Borges e Cris Peter., 2021. [no prelo].

WOLK, Douglas. Reading comics: how graphic novels work and what they mean. Cambridge, MA: DaCapo Press, 2007.

Downloads

Publicado

2025-01-16

Como Citar

MIORANDO, G. “Smee” S.; BRAGA JUNIOR, A. X. O estudo dos quadrinhos como tecnologias do imaginário . Cult de Cultura: Revista interdisciplinar sobre arte sequencial, mídias e cultura pop, [S. l.], v. 4, n. 2, 2025. Disponível em: https://revistas.est.edu.br/cult/article/view/3428. Acesso em: 5 fev. 2025.