LUTERO E SEUS MONSTROS:

COMO O REFORMADOR ERIGIU FRONTEIRAS AO SE REFERIR À ALTERIDADE

Autores/as

  • Vanderlei Dorneles

Palabras clave:

Reforma, Lutero, monstros, alteridade, cultura

Resumen

A Reforma protestante iniciada por Lutero no século 16 representou uma reação do espírito cristão a eventos de forte tensão nas esferas política, cultural e religiosa. As ameaças turcas à ordem cristã europeia e os problemas decorrentes do poder papal abriram espaço para um choque de culturas e desencadearam um processo de mudanças de grandes proporções. Como elementos linguísticos desse choque, encontra-se o arsenal de metáforas monstruosas empregadas pelo reformador na nomeação de seus opositores, tais como monstros, bestas, anticristos, quimeras, asnos e porcos. Com esses recursos de linguagem, Lutero começou a erigir as fronteiras entre o que ele considerava o verdadeiro cristianismo e sua oposição ou falsificação. O estudo dessas metáforas indica como a Reforma reproduziu e projetou um mundo dividido entre o próprio e o alheio, o bem e o mal. As metáforas monstruosas empregadas por Lutero são aqui analisadas sob o pano-de-fundo de A Cidade de Deus, a semiótica da cultura e o conceito do monstro como texto da cultura.

Publicado

2021-06-22

Cómo citar

Dorneles, V. . (2021). LUTERO E SEUS MONSTROS: : COMO O REFORMADOR ERIGIU FRONTEIRAS AO SE REFERIR À ALTERIDADE. Protestantismo Em Revista, 45(1), 133–150. Recuperado a partir de https://revistas.est.edu.br/PR/article/view/508

Número

Sección

RELIGIÃO, ARTE E CULTURA