A VERDADE NÃO VIVE EM GAIOLAS
UMA ANÁLISE ALVESIANA DO FUNDAMENTALISMO NO GOVERNO BOLSONARO (2019-2022)
Keywords:
Religião, Protestantismo, Bolsonarismo, Brasil, Rubem AlvesAbstract
O recorte temporal deste artigo corresponde ao período do governo de Jair Messias Bolsonaro na presidência da República, ou seja, de 2019 a 2022. Por meio de revisão bibliográfica de parte do corpus bibliográfico de Rubem Alves, assim como de fontes primárias (textos extraídos da imprensa brasileira a respeito dele) e de fontes secundárias (notadamente, biógrafos e comentadores de sua vida e obra), esta pesquisa propõe três objetivos: (1) apresentar a rejeição de parte do bolsonarismo a Rubem Alves; (2) demonstrar a recusa de Rubem às verdades últimas ou definitivas; e (3) problematizar a relação política de Rubem Alves com o fundamentalismo protestante no Brasil (justamente como resposta aos posicionamentos políticos do fundamentalismo protestante no Brasil). Embora Rubem Alves tenha morrido em 2014, seu nome e posicionamentos teológico-políticos foram utilizados e explorados de modo significativo em textos acadêmicos e da grande mídia (representada, aqui, pelo jornal Folha de S. Paulo), no período histórico coberto por esta pesquisa. Metodologicamente, de forma exploratória, como resultado alcançado, pode-se afirmar que, para Rubem Alves, a verdade não mora em gaiolas, portanto, a política deve ser o locus privilegiado da beleza que liberta e não da certeza que aprisiona.








