RE-IMAGINANDO A IMAGEM DE DEUS:
NATUREZA HUMANA, EVOLUÇÃO E OUTROS ANIMAIS
Palavras-chave:
imago Dei, evolução, antropologia teológica, construção de nichos, téodramaResumo
A imagem de Deus, por boa parte da história da teologia cristã, buscou definir o significado da singularidade humana ao enfatizar a superioridade humana sobre os outros animais. Muitos ambientalistas e outros cientistas agora argumentam que entramos em uma nova era, a era Antropocena, na qual humanos dominam a vida no planeta Terra, reforçado por uma interpretação restrita à evolução humana neodarwinista em termos de sobrevivência do mais forte. Contra tais narrativas de separação está a importância de reconhecer a fluidez das superfícies limítrofes de humanos/animais na literatura, filosofia, estudos de religião e antropologia atual. Recorro à antropologia atual para apresentar um caso de que até antes da emergência das capacidades religiosas simbólicas os humanos evoluíram em comunidades humanas que reconheceram a signifi cância de outros animais como parte de um nicho comunitário mais amplo. Neste artigo, trago a argumentação de que uma antropologia teológica construtiva precisa ser sensível a tais insights, enquanto oferece sua própria voz distintiva. Para fazer isso, pressiono por uma interpretação da imagem de Deus em termos de teodrama, que tenha algumas analogias com a compreensão antropológica atual da evolução hominídea por meio da construção de um nicho comunitário. Teodrama não evita o distintivo humano, mas coloca mais ênfase numa visão mais ampla de comunidade de criaturas. Teodrama, nessa perspectiva, é sobre a atuação específica da humanidade em relação a Deus, mas é responsiva em termos evolucionários e ecológicos à presença ativa de outras criaturas.
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