Luteranismo brasileiro
Reflexões sobre trilhas e encruzilhadas... dois séculos em quatro tempos
DOI:
https://doi.org/10.22351/et.v64i3.3041Palavras-chave:
Luteranismo, GermanismoResumo
O ano de 1899 marcou a história daquela que, organizada nacionalmente, viria a se tornar a atual Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB). Naquele ano, ocorreu uma reunião entre a Sociedade Evangélica para os Alemães Protestantes na América (SEAPA) e o Conselho Superior Eclesiástico de Berlim (CSEB), da Igreja da Prússia, que decidiu pela transferência da coordenação do envio de pastores ao Brasil da primeira para o segundo. Nossa tese é a de que, a partir de então, a história do luteranismo no Brasil se dividiu entre “o antes e o depois” (século XIX e século XX). Esses dois séculos de história também apresentam tempos diferentes: no século XIX, durante o período congregacional, encontramos poucos pastores, vindos por iniciativa própria ou enviados por alguma instituição, seguindo-se o envio sistemático de pastores, em sua maioria, egressos de seminários teológicos, especialmente por iniciativa de sociedades missionárias. O século XX, em meio ao crescente germanismo, inicia-se com o envio de pastores majoritariamente de formação universitária até a Segunda Guerra Mundial, quando, com a fundação da Escola de Teologia (1946), em São Leopoldo/RS, cada vez mais o corpo ministerial passa a ser constituído por ministros autóctones. O objetivo deste artigo é caracterizar e analisar os quatro tempos nesses dois séculos de história do luteranismo da IECLB.