A pesquisa (auto)biográfica: por uma hermenêutica descolonizadora.

Autores

  • Maria da Conceição Passeggi

Palavras-chave:

Narrativa autobiográfica. Reflexividade. Empoderamento. Hermenêutica descolonizadora

Resumo

Neste trabalho propomos aproximações de uma hermenêutica descolonizadora, alinhada à hermenêutica feminista, que reivindica o reconhecimento da mulher na plenitude de sua humanidade, posta em risco por uma mirada androcêntrica do mundo e da espiritualidade. O propósito é trazer para a discussão, princípios epistemológicos e direcionamentos da pesquisa (auto)biográfica em Educação, entendendo que essa vertente da pesquisa quali­­tativa se inscreve numa perspectiva epistemopolítica, libertadora e descolonizadora, portanto, adequada às reflexões que vêm sendo conduzidas na perspectiva da hermenêutica feminista. A reflexão toma a narrativa como elemento comum da pesquisa (auto)biográfica em educação e da hermenêutica feminista, permitindo aprofundar o debate sobre “tradição e transformação”. Será, portanto, com base nos vínculos entre herança e mudança, submissão e empoderamento, que tentamos nos aproximar do horizonte de gênero, hoje consagrado. Teceremos, primeiramente, considerações sobre narrativa e narração, situando o interesse pela narrativa no que se convencionou chamar de “giro linguístico” ou “giro discursivo”. Em seguida, apresentaremos princípios e direcionamentos da pesquisa (auto)biográfica, sobre os quais se assentaria uma hermenêutica descolonizadora, para finalmente, abordar a travessia do sujeito epistêmico ao sujeito autobiográfico, que se constitui na linguagem e no exercício da reflexividade narrativa, suscetível de promover a consciência crítica da nossa historicidade.

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Publicado

30-08-2021

Como Citar

Passeggi, M. da C. (2021). A pesquisa (auto)biográfica: por uma hermenêutica descolonizadora. COISAS DO GÊNERO: REVISTA DE ESTUDOS FEMINISTAS EM TEOLOGIA E RELIGIÃO, 2(2), 312–314. Recuperado de http://revistas.est.edu.br/index.php/genero/article/view/457