“E eu não sou uma bicha preta pentecostal?”

Adesão a igrejas inclusivas e ressignificação de vidas pretas

Autores

Palavras-chave:

Igreja inclusiva pentecostal, Raça, Sexualidade, Gênero

Resumo

As igrejas inclusivas celebram a sexualidade “dissidente” como um dom do Deus criador. Elas surgem de lutas políticas, sociais e religiosas dos LGBTQI+ e, no Brasil, firmam-se na disputa pela identidade evangélica há aproximadamente 20 anos, reunindo uma diversidade de pessoas em termos de classe, faixa etária, gênero, sexo e raça. Apesar da grande diversidade existente nas igrejas inclusivas, as pesquisas sobre essas comunidades no Brasil têm dedicado pouca atenção especialmente aos aspectos relativos à participação e liderança de pessoas negras em suas fileiras. O presente artigo aborda essa participação e objetiva demonstrar a importância das igrejas inclusivas no processo de ressignificação das vidas de bichas pretas pentecostais diante da exclusão social por preconceito sexual, racial e religioso. Além de pesquisa bibliográfica, foram entrevistados três homens gays pentecostais cujas trajetórias religiosas em busca de acolhimento religioso se encontraram em uma das igrejas inclusivas mais pretas do Brasil: a Comunidade Nova Esperança.

Biografia do Autor

Átila Augusto dos Santos, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Mestre em Ciências da Religião pela UMESP e doutorando pela PUC/SP. Faz parte do Grupo de Estudos de Gênero e Religião Mandrágora/NETMAL (Cadastrado no Diretório de Grupos do CNPq) e membro da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN).

Sandra Duarte de Souza, Universidade Metodista de São Paulo

Doutora em Ciências da Religião, professora do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião da Universidade Metodista de São Paulo e coordenadora do Grupo de Estudos de Gênero e Religião Mandrágora/Netmal (Cadastrado no Diretório de Grupos do CNPq).

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Publicado

04-09-2024

Como Citar

dos Santos, Átila A., & Duarte de Souza, S. . (2024). “E eu não sou uma bicha preta pentecostal?”: Adesão a igrejas inclusivas e ressignificação de vidas pretas. Coisas Do Gênero: Revista De Estudos Feministas Em Teologia E religião, 10(1), 238–254. Recuperado de http://revistas.est.edu.br/index.php/genero/article/view/2669