Práticas antípodas para uma agenda reacionária

Políticas públicas para as mulheres brasileiras entre 2019-2022

Autores

  • Francisca de Paula de Oliveira Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Antonio Carlos Sardinha Universidade Federal do Amapá/Universidade Federal do Oeste da Bahia
  • Sheila Accioly Universidade Federal da Paraíba

Palavras-chave:

Moralização do gênero, Estudos de gênero, Ideologia de gênero, Agenda reacionária.

Resumo

Este artigo é resultado de uma reflexão acerca da tentativa de moralização da categoria gênero como estratégia para abordagem das relações sociais de gênero no âmbito dos espaços das políticas públicas desenhadas para a sociedade brasileira no período compreendido entre 2019 e 2022, notadamente as ações voltadas para as mulheres, durante o governo do presidente Jair Bolsonaro e a gestão da ministra Damares Alves à frente do ministério responsável pela execução de ações para as mulheres. Destacamos o que caracterizamos como formas antípodas de atuação de dispositivos estatais de poder sobre a luta política das mulheres no Brasil, objetivando contribuir com o debate acerca da agenda reacionária que tem buscado capturar as políticas públicas brasileiras, mas também incidir no agendamento da opinião pública, visando deslegitimar a luta política das mulheres nos espaços públicos. Nesse contexto, o artigo aborda em linhas gerais as questões fundamentais que, em nosso entendimento, são importantes para a compreensão de movimentos reacionários à agenda por direitos sexuais e reprodutivos, destacando como considerações gerais a ação articulada de ocupação da esfera pública e da esfera política por grupos reacionários de base religiosa com protagonismo nas
instituições pelas imbricações cada vez mais presentes entre religião e Estado, refletidas na execução de políticas públicas durante o período 2019 a 2022, analisadas a partir de pesquisa documental empreendida neste artigo.

Biografia do Autor

Francisca de Paula de Oliveira, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Doutora em Sociologia, Professora adjunta IV do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Integrante do Laboratório de estudos Rurais Lab Rural (CNPq UFRN). Integra o Grupo de Pesquisa Estudos Interdisciplinares em Cultura e Políticas Públicas (CNPq/Unifap). Coordenadora do Programa de Residência Pedagógica – Sociologia/UFRN

Antonio Carlos Sardinha, Universidade Federal do Amapá/Universidade Federal do Oeste da Bahia

Universidade Federal do Amapá/Universidade Federal do Oeste da Bahia.

Sheila Accioly, Universidade Federal da Paraíba

Doutora em Ciências Sociais. Professora associada da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

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Publicado

31-07-2023

Como Citar

de Paula de Oliveira, F. ., Sardinha, A. C., & Accioly, S. . (2023). Práticas antípodas para uma agenda reacionária : Políticas públicas para as mulheres brasileiras entre 2019-2022. COISAS DO GÊNERO: REVISTA DE ESTUDOS FEMINISTAS EM TEOLOGIA E RELIGIÃO, 9(1), 377–396. Recuperado de http://revistas.est.edu.br/index.php/genero/article/view/2300

Edição

Seção

Artigos diversos