As origens do livro emblemático O coração do ser humano (1812), de Johannes Evangelista Gossner
continuidade e releituras da religio cordis nos séculos 16 a 19
Palavras-chave:
Religio cordis, Miroir du pécheur, Michel Nobletz, Vincent Huby, Johannes Evangelista GossnerResumo
Este artigo investiga as fontes textuais e imagéticas do livro O coração do ser humano (1812), de Johannes Evangelista Gossner. Ele mostra como o alemão Gossner depende de iconografias flamengas e, especialmente, francesas, em sua visão do mundo mais pessimista e sem a leveza da religio cordis do barroco e rococó. Face a face aos movimentos revolucionários e as guerras napoleônicas, apresenta-se uma versão da religio cordis como recuo ao cuidado com o interior pessoal, conscientemente desconectado do mundo e desconfiando do mundo.