MESSIANISMOS E PENTECOSTALISMOS NO CONTEXTO BRASILEIRO:

CRISES E ESPERANÇAS

Resumen

O presente artigo pretende fazer notar contornos messiânicos no imaginário e na estrutura das Assembleias de Deus, conjunto mais volumoso dentro daquilo que genericamente é chamado de evangélicos. Objetiva-se analisar seu desenvolvimento histórico, social e teológico, permitindo identificar convergências entre o fenômeno messiânico e os pentecostalismos. Como resultado, enfatiza-se a centralidade da esperança messiânica, que pode ser personificada no pastor ungido, como narrativa organizadora (mito) da experiência comunitária pentecostal que – assumindo um ethos próprio (ainda que dinâmico) e diante de crises sociais várias como aquelas que fizeram eclodir movimentos messiânicos e pentecostais na virada do século XIX para o XX – está sempre em busca de um mundo outro. Crises sociais; esperança de cura, libertação e prosperidade; discursos fundantes; a figura do messias; e a tentativa de construção do paraíso na terra/reino de Deus são, portanto, elementos comuns (mesmo que multifacetados) entre messianismos e pentecostalismos.