CORPOS FEMININOS NEGROS E VIOLÊNCIA DE GÊNERO

Resumo

O presente artigo busca compreender a ótica de dominação e submissão dos corpos negros femininos, partindo das contribuições de Bourdieu (2012), Bourdieu e Chartier (2011), Carneiro (1985, 2002) e Gonzalez (1982, 1984). O processo de investigação se deu pela via de um estudo documental, por meio das análises dos Relatórios do Atlas da Violência, produzidas pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada de 2016, 2017, 2018 em articulação com recortes de reportagens jornalísticas. Os resultados da pesquisa constataram que a relação de poder que afeta  diretamente a mulher negra se materializa, cicatrizando marcas físicas e simbólicas. Nesse  contexto, são as mulheres negras que mais sofrem com o racismo e com as questões de gênero,  de forma que a tonalidade da pele é o seu maior pecado, tornando-as alvo. Assim, abordar as  questões de gênero, cor e raça, bem como as violências simbólicas e físicas, nunca foi tão  essencial como atualmente.