A REPRESENTATIVIDADE NEGRA NOS TAMBORES DA UMBANDA

Autores/as

  • Hélcio Fernandes Barbosa Júnior
  • Leandro Haerter
  • Denise Marcos Bussoletti

Palabras clave:

Educação, Umbanda, Resistência

Resumen

O texto que segue integra uma pesquisa em desenvolvimento junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Pelotas que discute a Umbanda como espaço de educação através das narrativas dos seus Caciques. A Umbanda é uma religião genuinamente brasileira, anunciada em 1908, que se caracteriza pela união de quatro segmentos da cultura Brasileira. É composta por preceitos Cristãos, pela doutrina espírita Kardecista e pela influência direta de povos indígenas e africanos que compuseram a formação do país. A Umbanda traz consigo a ancestralidade negra, representada através do arquétipo das entidades dos pretos-velhos, espíritos de escravos negros brasileiros ou africanos. Representam a sabedoria e o respeito pelos mais velhos, e é atribuída a essas entidades a função de minimizar o racismo existente desde muito tempo, pois para respeitar essas entidades, se faz necessário o resgate do respeito à diversidade étnica a qual somos constituídos enquanto nação brasileira. Além de ser componente fundamental na formação doutrinária da Umbanda, a etnia negra está inserida diretamente através dos sujeitos que praticam esses rituais, os quais se encontram, em sua grande maioria, nas periferias das cidades. A Umbanda é também entendida como componente da identidade negra em um sistema de resistência e perpetuação da cultura afro-brasileira, trazida pelos seus ancestrais quando aqui chegaram. Nesse sentido, a partir de referencial bibliográfico e observações empíricas, o texto discute a contribuição negra no interior de um terreiro de Umbanda em Pelotas/RS, privilegiando a potência educadora na fala de seu Cacique.

Biografía del autor/a

Hélcio Fernandes Barbosa Júnior

Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Pelotas. Bolsista CAPES. Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. E-mail: helcio_rs@msn.com.

Leandro Haerter

Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Pelotas. Técnico em Assuntos Educacionais do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense, Campus Pelotas. Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. E-mail: leandro@pelotas.ifsul.edu.br.

Denise Marcos Bussoletti

Doutora em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Pelotas. Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. E-mail: denisebussoletti@gmail.com.

Publicado

2022-09-09

Cómo citar

Barbosa Júnior, H. F. ., Haerter, L. ., & Bussoletti, D. M. (2022). A REPRESENTATIVIDADE NEGRA NOS TAMBORES DA UMBANDA. Identidade!, 18(2), 152–159. Recuperado a partir de https://revistas.est.edu.br/periodicos_novo/index.php/Identidade/article/view/1842