O PAPEL DA EDUCAÇÃO NA FORMAÇÃO DA HUMANIDADE PRIMITIVA

Abstract

Entendemos a formação enquanto o ato de aprender e ensinar a reprodução da humanidade. Nesse sentido, este recorte delimita a reflexão aqui empreendida sobre a educação em sentido amplo, formação essa presente no cotidiano, assistemática e espontânea. Para compreender a educação enquanto formação humana, é imprescindível que primeiro mencione-se que a humanidade se consolida como gênero a partir do trabalho, que é o momento fundante do ser social. O trabalho foi capaz de proporcionar à humanidade as condições materiais necessárias para a perpetuação da espécie, mas não só! O trabalho também possibilitou à humanidade o desenvolvimento de suas habilidades físicas e mentais, pois, só o trabalho é a atividade capaz de unir a prévia-ideação de um objeto, a posterior realização material dessa ideia anteriormente formada. Por isso, o trabalho não esgota o ser social, mas sem ele a humanidade nunca teria ultrapassado a esfera biológica. Nesse conseguinte, a educação foi essencial para a reprodução humana primeira, pois, aquele trabalho uma vez realizado necessitava ser transmitido e ensinado para as gerações que sucederiam as primogênitas. Portanto, a educação é uma necessidade que foi gerada pelo trabalho, assim como muitos outros complexos básicos do ser humano, como: a cooperação, a linguagem e a divisão do trabalho. Dessa discussão pode-se abstrair que a educação foi essencial para a humanidade primitiva. Daí vem a necessidade de voltar-se a pensar a educação enquanto formação humana. Sendo o complexo educativo uma necessidade humana e não mercadológica, é imprescindível que nesse momento de efervescentes debates sobre quais devem ser as orientações para a educação a nível nacional, a questão ontológica entre trabalho e educação seja retomada, e assim, possa-se pensar em uma formação humana, minimamente voltada para o desenvolvimento das potencialidades dos indivíduos, e não as necessidades do mercado.