Chamada para dossiê - 2024/2 - 200 anos de presença luterana no Brasil

2023-11-27

O apóstolo Pedro, em sua primeira carta utiliza a palavra “paroikia”, que deu origem à palavra “paróquia”. Em seu sentido original, a palavra significa “peregrinação” e não estrutura eclesiástica, como seu emprego atual. Outra palavra do contexto das primeiras comunidades cristãs é a palavra “diáspora”, que significa dispersão. A história do luteranismo no Brasil é história de peregrinação e diáspora. Já no Brasil-Colônia encontramos pessoas luteranos peregrinas no Brasil. Mas o governo português, contudo, zelou para que não se estabelecessem no continente, pois eram considerados hereges e uma ameaça a unidade do “corpus christianum”. Por isso, somente no século XIX, como “toleradas”, as populações luteranas puderam se estabelecer no Brasil. Se a Europa já precisou se ocupar com a diversidade confessional no século XVI, o Brasil, lentamente, o fará ao longo do século XIX, enquanto chegaram populações da Suíça, França (Alsácia-Lorena), Luxemburgo, Áustria, Itália (Tirol), República Checa, Eslováquia, Polônia, Ucrânia, Rússia, Hungria, Romênia, Letônia, Estônia, Lituânia, Finlândia, Suécia, Noruega, Dinamarca, Holanda, Iugoslávia, Japão e Alemanha que contribuiriam para alterar o “rosto confessional” no Brasil. O objetivo deste dossiê é reunir e apresentar trabalhos acadêmicos que analisem os  200 anos de presença permanente no Brasil (1824-2024), na perspectiva da teologia luterana, eclesiologia, direitos, política, história, gênero, missão, cultura e educação.

Submisões até 30 de outubro de 2024.