DIPLOMACIA CULTURAL OU NOVA FORMA DE COLONIZAÇÃO?

As relações de angola com Brasil e França

Resumo

Este trabalho procura compreender a relação entre diplomacia cultural e colonização através da expansão cultural brasileira e francesa em solo angolano. Para realização do mesmo usou-se o método qualitativo e a pesquisas bibliográfica de caráter exploratória, assim sendo, as discussões que sustentam o trabalho tiveram como base as seguintes obras: Gomes (2015), Ribeiro (2011), Novais (2013), Ruthe (2023), Tylor (1871), Diop (1954), Ferreira (2014) e Carvalho (2016). Diferente da colonização a diplomacia remonta o início da humanidade, pois entre os homens as relações sempre foram marcadas por conflitos devido às suas naturezas e anseios, entretanto, a busca pelo fim, desenvolveu neles a necessidade e capacidade de negociação, o que originou mais tarde a diplomacia. Essa que se viu beliscada e incapaz de travar um dos maiores marcos desastrosos da humanidade entre o século XV a XX, levado a cabo pelos europeus que subjugaram povos além-fronteiras com realce os africanos, americanos e asiáticos, instituindo assim a colonização. Este processo que hoje parece estar a se repetir por via da diplomacia cultural que permite aos Estados conquistarem um lugar especial no cenário internacional através do soft power, sustentando a razão da imposição leviana como meio de participação de um Estado na vida dos outros Estados, colocando em crivo as suas soberanias constituídas a base da autodeclaração dos seus povos que mais uma vez se vê desrespeitado sobre pretexto de intercâmbio, solidariedade, reparo histórico e trocas culturais que do ponto de vista real maquilham a verdadeira razão da aproximação desses Estados para com os outros, nessa lógica Angola enquanto um Estado geograficamente bem posicionado com respeito a nível da África e porta para a região austral do continente importa para o Brasil e a França em consequência da intenção dos mesmos em estender as suas influências naquele continente.