A POLÍCIA CIVIL E MILITAR E OS HOMENS INFAMES

A NATURALIZAÇÃO DA MORTE DOS HOMENS NEGROS

Autores/as

  • Renan Gomes de Moura

Palabras clave:

Foucault, População negra, Polícia Militar (PM), Polícia Civil, Homem Infame

Resumen

Seria o homem infame aquele que perdeu sua honra ou o detentor de uma má fama? Ou aquele que nos causa repugnância e desprezo? Podemos pensar, também, o homem infame como aquele que desrespeita as normas sociais por ser um praticante de atos condenáveis do ponto de vista ético e moral. O presente ensaio busca discutir como o conceito de homem infame mobilizado por Foucault (2006) é útil para compreender a naturalização da morte das pessoas negras por parte das organizações militares bem como criar uma reflexão a respeito de quais vidas são consideradas vivíveis. Os homens infames passam a ser protagonista e culpados de suas mortes no discurso de diversos indivíduos, logo essas existências simples, e de certo modo, cinzas e obscuras, tenderiam a permanecer esquecidas, se não fosse sua relação com o poder. O genocídio contra corpos negros e favelados segue como um fenômeno naturalizado e sem causar espantos na população brasileira. As instituições públicas, como em um acordo tácito, seguem silenciosas, sem criar qualquer tipo de mecanismo que seja capaz de frear o extermínio desses mesmos corpos.

Publicado

2024-09-09

Cómo citar

Gomes de Moura, R. (2024). A POLÍCIA CIVIL E MILITAR E OS HOMENS INFAMES: A NATURALIZAÇÃO DA MORTE DOS HOMENS NEGROS. Identidade!, 29(1), 92–110. Recuperado a partir de https://revistas.est.edu.br/Identidade/article/view/3118

Número

Sección

DIVERSIDADE E IDENTIDADE