ESPIRITUALIDADE, BELEZA E NEGRITUDE

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Resumo

Este texto trata de espiritualidade, sabedoria, beleza e negritude, e tem como protagonista uma das mais enigmáticas figuras do Antigo Testamento, a Rainha de Sabá. Busca-se aqui traçar um perfil dessa mulher pouco mencionada na Bíblia, mas bem comentada nas tradições judaicas, islâmicas e cristãs. Ela é primeiramente apresentada na Bíblia – em I Rs 10. 1-10,13 – E, principalmente comentada por Orígenes de Alexandria, em sua Homília ao Cântico dos Cânticos. Orígenes têm-na como um tipo da Igreja, conforme Ct 1.5. Estes textos bíblicos junto com as tradições judaicas e islâmicas e mais as tradições cristãs etíopes, projetam ser a Rainha de Sabá uma mulher Negra, Linda e Sábia. Mas não somente isto, a Rainha de Sabá faz parte do sistema de culto e da tradição cristã de um povo inteiro, que não apenas a venera como rainha, mas crê que se encontram nela as bases fundantes do cristianismo etíope. Orígenes vê na Rainha de Sabá, tipificada no Cântico dos Cânticos, como sendo negra e bela, um ideal de espiritualidade, um modelo de relação entre Cristo e a Igreja.

Biografia do Autor

Carolina Bezerra, Faculdades EST

Doutora e Mestra em Ciências da Religião pela PUC Goiás, Pós-doutora em Teologia Bíblica Feminista pela Faculdades EST.

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Publicado

2023-09-04

Como Citar

Souza, J., & de Souza, C. B. (2023). ESPIRITUALIDADE, BELEZA E NEGRITUDE. TEAR ONLINE, 12(1), 22–36. Recuperado de https://revistas.est.edu.br/tear/article/view/2081