CURRÍCULO

Processos de Formar e Descolonizar

Resumo

O currículo escolar demanda impacto significativo na formação de cidadãos. Contudo, a ambientação formadora na escola, não prioriza a grandeza da sua significância para o espaço escolar; arraigados da promoção de uma educação mecânica e conteudista. Compreendemos o currículo como conhecimentos escolares decorrente das relações sociais, culturais, políticas e étnico-raciais que possibilitam constituições de identidades. Analisar os processos dissolvidos na formulação do currículo é fundamental na busca de uma educação emancipadora e descolonizada. Desta forma, este trabalho objetiva apresentar as análises realizadas ao cursar a componente Política Curriculares e descolonização dos currículos nos Países da integração do curso de Pedagogia. Através da experiência participante em sala de aula foi possível detectar um impasse na abordagem curricular escolar, isso porque o mesmo currículo dita uma sobreposição de poder sobre os conteúdos determinando o que deve ser ensinado e o que não deve, visto isto principalmente através dos livros didáticos. Além deste, corrobora a ambientação de um lugar desestimulante que não instiga a produção crítica do estudante, levando-o a atuar de forma mecânica usurpada de uma metodologia conteudista contida em livros didáticos, desconsiderando multisaberes através de uma educação unilateral eurocêntrica. Ainda assim, o ambiente escolar esconde suas atitudes através do seu silenciamento em situações de discriminação e preconceito, reproduzindo o que é chamado de currículo oculto. Através dessas implicações é mais que necessário pensar o currículo como fonte de emancipação na busca de uma educação transformadora e descolonizada, para tanto, as ações podem começar durante a formação docente que ao cursar a referida componente do curso de Pedagogia, tem a possibilidade de descolonizar-se, por meio dos conhecimentos adquiridos, nas elaborações dos trabalhos acadêmicos, no processo de “(des) forma-se e descolonizar-se”.