ANACLETA PIRES DA SILVA:

CORPO, (RE)EXISTÊNCIA E TERRITÓRIO QUILOMBOLA COMO UM ACONTECIMENTO QUE ECLODE NA DEFESA DA VIDA DIGNA NA AMÉRICA LATINA

Autores

  • Dayanne da Silva Santos Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
  • Anacleta Pires da Silva Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
  • Julio Itzayán Anaya López Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

Palavras-chave:

História de vida, Subjetividade, Corpo, Território

Resumo

Nascida da força da encantaria, da luta por territórios livres e em território  atravessado pelas logísticas dos projetos desenvolvimentistas, território  quilombola Santa Rosa dos Pretos, no município de Itapecuru-Mirim, estado do  Maranhão, Brasil. Dona Anacleta fala! Ela mesma vai fazendo análises sistêmicas e cotidianas sobre autonomia, resistência e cura diante de uma sociedade marcada pelo mito da democracia racial, pelo racismo. Anacleta enquanto narra formas cotidianas de resistir e de existir, ela nos mostra como mulheres negras estão desde a margem fazendo o uso político do corpo para existir diante do paradigma da exclusão racial no Brasil. Vozes pretas, afro-pindorâmicas fazem nascer diariamente um novo dia, a esperança. Essas vozes narram territórios dinâmicos e guiados por ontologias outras, que emanam das relações com os encantados do Tambor de Mina. Compartilhamos aqui uma  entrevista insurgente realizada no dia 20  de janeiro de 2021, em plena pandemia mundial provocada pela Covid-19. A história de vida será contada pela própria Dona Anacleta, conversa que foi  realizada pelo aplicativo WhatsApp e  transcrita na íntegra. “Pra mudar a sociedade do jeito que a gente quer? É lutar sem medo, sem medo de ser  mulher!”.

Biografia do Autor

Dayanne da Silva Santos, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Mulher negra, poetisa, mãe e de terreiro. Doutoranda do programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFRGS e membro do Grupo de Estudos: Desenvolvimento, Modernidade e Meio Ambiente (GEDMMA/UFMA). Contato: lavignedayanne@gmail.com.

Anacleta Pires da Silva, Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

Mulher negra, educadora popular, ativista dos direitos humanos, integrante do GEDMMA/UFMA, pedagoga formada pela UFMA e liderança quilombola do território Santa Rosa dos Pretos. Contato: pires.s.anacleta2020@gmail.com.

Julio Itzayán Anaya López, Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

Cursante do seminário Feminismos negros: perspectivas críticas desde América Latina y el Caribe. Doutorando em Ciências Sociais na Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Licenciado e Mestre em Antropología Social pela Escuela Nacional de Antropología e Historia (ENAH/México). Contato: enahcai55@gmail.com.

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Publicado

11/16/2022

Como Citar

Santos, D. da S., Silva, A. P. da, & López, J. I. A. (2022). ANACLETA PIRES DA SILVA:: CORPO, (RE)EXISTÊNCIA E TERRITÓRIO QUILOMBOLA COMO UM ACONTECIMENTO QUE ECLODE NA DEFESA DA VIDA DIGNA NA AMÉRICA LATINA. Identidade!, 27(1), 179–191. Recuperado de https://revistas.est.edu.br/periodicos_novo/index.php/Identidade/article/view/2071

Edição

Seção

RELIGIÃO, IDENTIDADE E HISTÓRIA