INTELECTUAIS NEGRAS NAS CIÊNCIAS SOCIAIS
Acentuando a importância do pretagonismo feminino
Palavras-chave:
Intelectuais negras, pretagonismo, decolonial, feminismosResumo
O presente trabalho busca evidenciar intelectuais negras atuantes nas ciências sociais, brasileiras e africanas, por meio de suas trajetórias, obras e pioneirismos nos estudos sobre desigualdades raciais, feminismos e conhecimentos endógenos. Esta pesquisa desenvolver-se-á por meio de estudos bibliográficos através de consultas realizadas na biblioteca, em sítios eletrônicos e revistas científicas. Portanto, trata-se de um estudo qualitativo, que busca de forma subjetiva elencar os pensamentos das autoras estudadas, que abordam questões sobre protagonismo da mulher negra e embates contra o racismo estrutural, principalmente no campo da denúncia e realidades vivenciadas. Seguindo os caminhos de Gonzalez (1988) quando retrata o pretoguês, destaco aqui o pretagonismo, movimento que surge nas artes cênicas e cinematográficas, mas que se aplica perfeitamente em todos os contextos em que estão presentes negras e negros talentosos. É notório que as mulheres sempre foram desvalorizadas nos mais diversos campos, sobretudo as mulheres negras, de tal forma que essas não têm sonhos ou desejos permitidos, onde a sua única carreira é casar e ter filhos, como salienta Chiziane (2013). Mesmo escancarando total competência, entusiasmo, vocação, esforço e inteligência, o espaço ocupado era o mínimo possível. Mas de forma gradativa isso está mudando, e os espaços e posições ocupadas por essas mulheres, bem como suas escritas, ajudam fortemente na busca de se construir uma sociedade melhor, pois surgem denúncias contra o racismo estrutural, a violência, o machismo e o colonialismo. Além disso, surgem soluções para esses problemas tão enraizados em nossa sociedade. Por fim, almeja-se engrandecer essas intelectuais negras tão importantes, divulgando-as e incentivando a leitura de suas obras. Destaca-se que todas as intelectuais citadas neste trabalho são negras, que, portanto, buscando ainda mais reforçar essa identidade optou-se por colocar em negrito os seus respectivos nomes, estratégia essa utilizada também por Figueiredo (2020) em suas escritas.
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