Cult de Cultura: Revista interdisciplinar sobre arte sequencial, mídias e cultura pop
https://revistas.est.edu.br/cult
<p><strong>Cult de Cultura: revista interdisciplinar sobre arte sequencial, mídias e cultura pop</strong> é um periódico interdisciplinar semestral do Grupo de Pesquisa Interdisciplinar em Arte Sequencial, Mídias e Cultura Pop, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Teologia da Faculdades EST e à Associação de Pesquisadores em Arte Sequencial (ASPAS), publicado no formato eletrônico. A revista publica textos inéditos e revistos em português, espanhol e inglês, que abordem temáticas relacionadas à cultura pop, atuando como um canal de socialização de pesquisas e conteúdos que apresentem temas relevantes à cultura pop na interface com as diferentes áreas do conhecimento.</p> <p><strong>ISSN 2764-2542</strong></p>Faculdades ESTpt-BRCult de Cultura: Revista interdisciplinar sobre arte sequencial, mídias e cultura pop2764-2542O Cristianismo inspirando a cultura
https://revistas.est.edu.br/cult/article/view/4101
<p>O presente artigo tem como objetivo analisar teologicamente o jogo <em data-start="90" data-end="114">Resident Evil 4 Remake</em>, demonstrando como esta obra pode ser considerada uma obra com inspirações cristãs, a partir das considerações sobre a Teologia da Cultura de Paul Tillich. Na primeira parte do artigo, considera-se, além da Teologia da Cultura, fundamentos de modernidade, secularização e símbolos. Há, então, uma contextualização sobre a história da obra, que é uma saga com mais de oito jogos e que, no quarto, o elemento religioso é mais desenvolvido. Esse quarto jogo da saga apresenta elementos judaico-cristãos, como um livro referencial da religião, com elementos bíblicos, falas sobre graça (termo central no cristianismo) e elementos de cenário, como igrejas, velas, símbolos e monges. Esses elementos serão melhor explicados durante a leitura, demonstrando que a teologia e a noção de Deus estão na cultura, e que a cultura assim nos revela diariamente em suas obras — sendo elas seculares ou não.</p>Caroline Cougo
Copyright (c) 2025 Caroline Cougo
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0
2025-10-022025-10-0251Fé e tempo na série Outlander
https://revistas.est.edu.br/cult/article/view/4113
<p>O artigo " tem como tema a religião não institucionalizada e questões de gênero na série "<em>Outlander</em>". O objetivo principal é refletir sobre a desigualdade de gênero e o patriarcado a partir da série, investigando o que há de religioso nas mídias e o "Sagrado" que as pessoas buscam na contemporaneidade, bem como a posição da mulher nesse contexto. A metodologia empregada baseia-se na análise da série televisiva "<em>Outlander</em>" como um instrumento para refletir sobre os questionamentos propostos. A série é abordada como um estudo de caso dentro da cultura pop. Analisa-se o contraste entre as visões de mundo das personagens Claire (mulher do século XX com mentalidade científica moderna) e Jamie (homem do século XVIII com visão de mundo influenciada por convicções religiosas e superstições). A análise aprofunda-se na forma como a religião tem legitimado a subserviência feminina ao longo da história , utilizando exemplos da série e discussões teológicas. São explorados conceitos como amor romântico e a manifestação do sagrado na cultura contemporânea. O artigo também discute a atuação da teologia prática e feminista na ressignificação de sentimentos como a culpa e na promoção da justiça de gênero. Conclui-se que a análise da série "<em>Outlander</em>" demonstra como a cultura pop se tornou um espaço fértil para a ressignificação das experiências religiosas. A série revela que, mesmo em uma sociedade secularizada, o sagrado persiste e se reinventa. O artigo finaliza afirmando que "<em>Outlander</em>" serve como um convite ao diálogo entre fé e cultura, ciência e espiritualidade, e tradição e transformação , abrindo caminhos para uma espiritualidade mais inclusiva e comprometida com a equidade e dignidade humana</p>Charles KlemzNina Gabriela Ponne RodriguesVagner de Souza Rodrigues
Copyright (c) 2025 Charles Klemz, Nina Gabriela Ponne Rodrigues, Vagner de Souza Rodrigues
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0
2025-11-052025-11-0551Questionamentos sobre o ideal de objetividade e universalidade
https://revistas.est.edu.br/cult/article/view/4120
<p>O tema geral do presente artigo é a questão do ideal de objetividade e universalidade na produção do conhecimento acadêmico. O objetivo é analisar o contexto em que esse ideal é construído, tanto no campo científico quanto no teológico, e os desdobramentos desse ideal nas relações de poder entre os produtores de conhecimento, bem como entre esses produtores e as pessoas consideradas leigas. Para tanto, utiliza-se o método hermenêutico e a bibliografia comparativa, partindo da perspectiva de Rubem Alves sobre o papel da imaginação na formação da consciência humana e da hermenêutica feminista. Constatou-se, assim, que não é possível garantir a objetividade na construção de qualquer conhecimento, pois toda reflexão, científica ou teológica, parte das experiências contextuais do sujeito pesquisador. Além disso, os discursos apresentados como universais, assim como a imposição de uma forma de pensar objetivista, reforçam relações de poder excludentes. Conclui-se que a imaginação é parte constitutiva do ser humano e que a melhor forma de se aproximar de uma objetividade na construção do saber é assumindo a influência da subjetividade e dos contextos dos quais essa construção parte.</p>Carolina Bitencourt da Costa
Copyright (c) 2025 Carolina Bitencourt da Costa
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0
2025-10-022025-10-0251Adolescência
https://revistas.est.edu.br/cult/article/view/4193
<p>Este artigo explora o conceito de adolescência sob diversas perspectivas, abordando suas definições biológicas, psicológicas, sociais e históricas. Analisa a complexidade da delimitação etária da adolescência, considerando as influências culturais e legais, e discute a construção da identidade adolescente na pós-modernidade. O estudo com foco na moratória psicossocial de Erik Erikson e nas concepções de identidade de Stuart Hall e Jean-François Lyotard, oferece uma compreensão multifacetada desse período de desenvolvimento humano.</p>Rita de Cássia da Silva Cunha
Copyright (c) 2025
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0
2025-10-012025-10-0151A sombra da imagem e a luz do afeto
https://revistas.est.edu.br/cult/article/view/4198
<p><span style="font-weight: 400;">O artigo, fundamentado na filosofia de Michel Henry, discute a dualidade da verdade. A primeira, a "verdade do mundo", manifesta-se no plano de luz onde os fenômenos se revelam na exterioridade, sendo percebida através da experiência humana. No entanto, a verdade desse mundo é contingente e temporal, e seu aparecimento é apenas uma imagem que se esvai continuamente para o nada. A segunda, a "verdade da Vida", é uma categoria de verdade pura e absoluta que se autorrevela, sendo identificada com a manifestação de Deus. O texto argumenta que, diferentemente da busca tradicional por Deus na exterioridade do mundo, a sua manifestação só pode ser percebida na interioridade da Vida, através do sentir e do afeto. Conclui-se que o amor é a própria revelação de Deus, acessível na fruição da vida.</span></p>Rafael FogaçaMarcelo Saldanha
Copyright (c) 2025
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0
2025-10-012025-10-0151A violência estrutural da literatura para a atualidade
https://revistas.est.edu.br/cult/article/view/4235
<p>O presente artigo aborda a violência estrutural denunciada na obra literária Vidas Secas, de Graciliano Ramos, buscando na atualidade elementos ainda presentes dessa faceta da violência. Publicado em 1938, período em que os avanços em torno da estrutura política e econômica deram espaço à abertura ao sistema capitalista (aumentando os abismos entre populações marginalizadas e populações com maior prestígio na sociedade), o romance narra a história de uma família de retirantes do sertão nordestino totalmente excluída e marginalizada. Dessa forma, traz à tona uma série de violências e opressões sofridas pelas personagens e dá visibilidade à pessoa sertaneja e aos desafios enfrentados para sobreviverem. É perceptível identificar que há semelhanças com a atualidade e que as diversas formas de violência estrutural continuam a acontecer, sendo que os alvos mais frequentes se dão entre as populações mais marginalizadas. Destaca-se, assim, o caráter ainda atual da obra diante das violências que denuncia.</p>Ana Luiza Knaak Geppert
Copyright (c) 2025
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0
2025-10-202025-10-2051