Ideologia de gênero

Escola Sem Partido e o golpe de 2016

Autores

  • Giovana Giongo
  • Tiago Ademir Graube Faculdades EST

Palavras-chave:

Ideologia de gênero, Escola Sem Partido, Golpe de 2016, Conservadorismo, Pânico moral

Resumo

Nosso trabalho gira em torno de uma premissa, a existência de espaços sociais, valores, tradições, representações e símbolos partilhados entre três fenômenos: o Golpe de 2016, o programa Escola Sem Partido e a propulsão da terminologia “ideologia de gênero”. Teoricamente ancorado na História Política, mais precisamente, na cultura política, que entende os fenômenos para além das estruturas burocráticas do Estado e de uma narrativa factual e cronológica de eventos, conectando indubitavelmente os fenômenos a partir de sua tradição conservadora e de um ambiente de pânico moral. Metodologicamente este trabalho é uma pesquisa qualitativa, ou seja, observamos os objetos como fenômenos socialmente constituídos. Trata-se, portanto, de uma pesquisa descritiva, mas também ancorada em documentos. Nosso trabalho demonstrou que o Escola Sem Partido mobilizado, a partir da terminologia de ideologia de gênero, um discurso que foi amplamente absorvido e utilizado pelo golpe. O conservadorismo impresso no jogo político, em que o MESP tem influência considerável, justificaram e tornaram possível o golpe parlamentar de 2016. A construção do pânico moral, necessários tanto para o ESP, quanto para a efetivação do golpe, foram traçados dentro de um movimento cooperativo das forças conservadoras.

Biografia do Autor

Giovana Giongo

Historiadora licenciada e Mestre em Ensino de História pela Universidade Federal do Rio Grande, pesquisadora das áreas de educação, História Política, gênero e História do Tempo Presente.

Tiago Ademir Graube, Faculdades EST

Teólogo e Mestre e doutorando em Teologia pela Faculdades EST, pesquisador das áreas de gênero, sexualidade, juventude e Educação.

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Publicado

2023-12-05