Identidade!
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<p><strong>Identidade! </strong>é um periódico online semestral multidisciplinar de livre acesso do Grupo de Pesquisa Identidade étnica e interculturalidade da Faculdades EST (Escola Superior de Teologia) - grupo interdisciplinar, intercultural e macroecumênico. Sua meta é fortalecer o diálogo na área das ciências humanas a partir do fenômeno religioso, considerando a realidade de comunidades afrobrasileiras, indígenas, comunidades de fé, movimentos e organizações sociais. Promove atividades de formação acadêmica e comunitária. A revista publica textos inéditos e revistos em português, inglês e espanhol, em língua vernácula e traduzidos, de docentes e discentes vinculados a um programa de pós-graduação que versem sobre a questão negra em diferentes contextos sociais, culturais, religiosos, temas atinentes à questão da diversidade e da identidade, especialmente, no contexto brasileiro. Tem por finalidade ser um espaço de reflexão interdisciplinar e inter-religiosa, estimulando o debate por meio da divulgação da produção acadêmica e científica sobre temas relacionados à questão negra nas diferentes ciências.</p> <p><strong>Qualis A2 </strong>- (Quadriênio 2017-2020). <strong>ISSN 2178-437X (eletrônico) </strong></p>Faculdades ESTpt-BRIdentidade!2178-437XUSINA DOS SONHOS
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Gisele Mello
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2024-09-092024-09-09291232239O RACISMO NA CARREIRA DE ÁRBITROS NEGROS DE FUTEBOL DO RIO GRANDE DO SUL
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<p>O presente artigo traz as visões e as experiências de cinco ex-árbitros negros de futebol que iniciaram suas carreiras no Rio Grande do Sul. O objetivo deste trabalho é analisar a questão racial no futebol brasileiro a partir dessas narrativas. Os dados da pesquisa destacam a questão racial no futebol brasileiro atual com base em narrativas de cinco árbitros negros que atuaram no quadro de árbitros da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). O estudo caracteriza-se como qualitativo, descritivo e interpretativo, utilizando como técnica de coleta de dados, entrevistas narrativas com cinco ex-árbitros negros de futebol do Rio Grande do Sul, que apitaram jogos da elite do futebol brasileiro entre 1985 e 2014. Assim, as narrativas demonstram a persistência do preconceito e discriminação raciais na trajetória profissional desses árbitros. Os dados da presente pesquisa contribuem para a reflexão sobre as relações raciais no país e para as estratégias de enfrentamento ao racismo.</p>Fabricio Locatelli RibeiroMargarete Fagundes NunesGustavo Roese Sanfelice
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2024-09-092024-09-092911131TRADIÇÃO E TRANSFORMAÇÃO
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<p>A pesquisa do tipo e método etnográfico teve como propósito conhecer a relevância dos conhecimentos tradicionais para três fabricantes de garrafadas residentes no município de Benjamin Constant, no Amazonas. Para atender o proposto, foram aplicadas conversas informais como meio inicial de pesquisa, evoluindo para entrevistas estruturadas que buscaram responder às indagações dos pesquisadores. Os resultados revelaram três modalidades distintas de aquisição do conhecimento na elaboração das garrafadas: tradição familiar (ensino intergeracional), vivência (práticas de colheita e preparo) e revelação (orientação ancestral). A partir dessa categorização, procurou-se evidenciar os elementos identitários de cada indivíduo durante o processo de produção das garrafadas ocorridos no decorrer das suas sociabilidades com familiares, amigos e comunidade. Essas interações, derivadas de suas vivências físicas e espirituais, e expressões orais sustentam e transmitem saberes. Ao destacar essas formas de aquisição, tornou-se possível compreender a complexidade envolvida na transmissão desse saber tradicional. A tradição familiar, as experiências vividas e as revelações pessoais emergiram como pilares fundamentais na formação desses fabricantes de garrafadas. Dessa forma, essa abordagem etnográfica não apenas lança luz sobre o conhecimento popular associado às práticas medicinais, mas também proporciona uma compreensão mais profunda das dinâmicas culturais subjacentes. A fé na eficácia simbólica das garrafadas não só influencia a percepção individual da cura, mas também desempenha um papel fundamental na coesão social, promovendo uma compreensão compartilhada do significado dessas práticas no contexto cultural em que estão inseridas.</p>Edilanê Mendes dos SantosGilvânia Plácido BrauleTiago da Silva Almeida
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2024-09-092024-09-092913263REPRESENTAÇÕES DISCURSIVAS NA (RE)CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADES DOS REMANESCENTES QUILOMBOLAS DE PORTALEGRE DO BRASIL
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<p>O trabalho investiga representações discursivas (Rd) na (re)construção da identidade de remanescentes quilombolas de Portalegre/RN em dois corpora: e-book “A fala de remanescentes quilombolas de Portalegre do Brasil” Souza, Mendes e Fonseca (2011), obra de transcrição de eventos reais de comunicação, no ano de 2000 e o documentário “Solo Negro” produzido pela Universidade Federal Rural do Semi Árido (UFERSA), no ano de 2021. Temos o referencial teórico da Análise Textual dos Discursos (ATD), proposta por Adam (2011) e estudiosos como Passeggi et al. (2010), e Rodrigues et al. (2012). Recortamos trechos do e-book e do documentário que ilustram nossas análises da Rd na (re)construção das identidades dos quilombolas de Portalegre/RN. Nas análises do e-book, concluímos que os sujeitos tentam apagar a identidade de remanescentes quilombolas dos seus discursos, pois sentem medo de ainda serem caçados e colocados novamente em regime de escravidão. Nas análises dos trechos do documentário “Solo negro” observamos uma ressignificação do ser negro e quilombola com orgulho e valor, que buscam ser assistido por políticas públicas e ocupar espaços sociais.</p>Josinaldo Pereira de PaulaMaria Eliete de Queiroz
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2024-09-092024-09-092916491A POLÍCIA CIVIL E MILITAR E OS HOMENS INFAMES
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<p>Seria o homem infame aquele que perdeu sua honra ou o detentor de uma má fama? Ou aquele que nos causa repugnância e desprezo? Podemos pensar, também, o homem infame como aquele que desrespeita as normas sociais por ser um praticante de atos condenáveis do ponto de vista ético e moral. O presente ensaio busca discutir como o conceito de homem infame mobilizado por Foucault (2006) é útil para compreender a naturalização da morte das pessoas negras por parte das organizações militares bem como criar uma reflexão a respeito de quais vidas são consideradas vivíveis. Os homens infames passam a ser protagonista e culpados de suas mortes no discurso de diversos indivíduos, logo essas existências simples, e de certo modo, cinzas e obscuras, tenderiam a permanecer esquecidas, se não fosse sua relação com o poder. O genocídio contra corpos negros e favelados segue como um fenômeno naturalizado e sem causar espantos na população brasileira. As instituições públicas, como em um acordo tácito, seguem silenciosas, sem criar qualquer tipo de mecanismo que seja capaz de frear o extermínio desses mesmos corpos.</p>Renan Gomes de Moura
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2024-09-092024-09-0929192110A FORMAÇÃO DOS PROFESSORES INDÍGENAS DO ENSINO MÉDIO DA COMUNIDADE INDÍGENA KUMARUMÃ, POVO GALIBI-MARWORNO EM AMAPÁ
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<p>O professor indígena é aquele que busca oferecer um ensino voltado à realidade do povo, que respeite e valorize sua própria cultura de maneira que seja uma educação feita pelo indígena e para o indígena, desse modo a discussão objetiva refletir sobre a formação dos professores indígenas da Aldeia Kumarumã, Povo Galibi-Marworno de modo que a memória histórica seja preservada. O processo metodológico deu-se de forma qualitativa, descritiva e etnográfica sobretudo analisando o cotidiano da Escola Estadual Camilo Narciso (2009) da comunidade, problematizando sobre como ocorreu a formação dos professores indígenas da comunidade em debate. A investigação demonstrou que a formação docente indígena Kumarumã é um diferencial, pois tem-se implementado gradualmente as diretrizes curriculares nacionais da educação escolar indígena nesta localidade.</p>Solei Botã Santos SilvaZenita Miranda da PaixãoValbia Colares FigueiredoWanildo Figueiredo de Sousa
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2024-09-092024-09-09291183200EDUCAÇÃO ESCOLAR QUILOMBOLA E POLÍTICAS CURRICULARES
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<p>Este estudo decorre de diferentes experiências em relação à implementação da educação escolar quilombola, hoje uma modalidade de ensino da educação básica do sistema educacional brasileiro. Discute-se, a partir da experiência do Colégio Quilombola Diogo Ramos, localizado na Comunidade Quilombola João Surá (Adrianópolis/PR), o processo de implementação de uma proposta curricular diferenciada, em confronto às políticas curriculares, em especial a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Para tanto, revisita-se o projeto político pedagógico da escola, as produções acadêmicas realizadas por professores/as da escola, em diálogo com suas lideranças. Conclui-se que há uma disputa estabelecida, com diferentes forças políticas e sociais, com desdobramentos no espaço da escola, a resultar na tradução/negociação entre o que é demandado pelas instituições e as necessidades do que a escolarização em/para o quilombo vem perseguindo, diante de questões históricas relacionadas a territórios racializados e invisibilizados pela própria BNCC.</p>Georgina Helena Lima Nunes
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2024-09-092024-09-09291201231EXPEDIENTE
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Selenir Corrêa Gonçalves Kronbauer
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2024-09-092024-09-092910102NOMINATA
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Selenir Corrêa Gonçalves Kronbauer
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2024-09-092024-09-092910303EDITORIAL
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Selenir Corrêa Gonçalves Kronbauer
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2024-09-092024-09-092910404APRESENTAÇÃO
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Elivaldo Serrão Custódio
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2024-09-092024-09-092910510PERSEGUIÇÃO E RESISTÊNCIA À CAPOEIRA E ÀS PRÁTICAS CORPORAIS DE ORIGEM NEGRA EM SALVADOR, NOS SÉCULOS XIX E XX
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<p>O texto objetiva refletir sobre os modos de perseguição exercidos pela elite branca e o Estado contra as práticas corporais de origem negra, com destaque para a capoeira, na cidade de Salvador, no estado da Bahia, entre o século XIX e o início do século XX, bem como analisar as formas de resistência encontradas pelos negros escravizados, na tentativa de burlar a opressão que lhes era imputada. Para auxiliar nesta compreensão, a autora fez uso dos escritos de Norbert Elias, que dedicou-se a investigar sobre as relações de poder entre grupos, denominadas por ele de figurações. A figuração em destaque pode ser compreendida como uma relação entre os estabelecidos, representados pela elite branca e os outsiders, compreendidos como os negros escravizados. A coleta de dados para a construção da pesquisa deu-se através do método bibliográfico-documental, com imersão em artigos de jornais e processos-crime do período estudado, no site da Hemeroteca Digital, da Biblioteca Nacional. A perseguição não foi enfrentada de modo pacífico pelos negros, que continuaram a vivenciar suas manifestações, mesmo sob a pressão do Estado, cujas ferramentas de opressão iam desde o uso da força policial, a da imprensa, que repercutia o discurso de marginalidade e de incivilidade.</p>Nilene Matos Trigueiro MarinhoRicardo de Figueiredo Lucena
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2024-09-092024-09-09291111133A COR DA LEI DO RACISMO NO BRASIL
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<p>Este artigo pensa o racismo religioso no Brasil, destacando a discriminação enfrentada por parte das pessoas pretas e de religiões de matrizes africanas. Para tanto, a presente análise explora parte do contexto histórico da construção de um caminho legislativo da proteção contra o racismo religioso, da evolução legislativa neste percurso e dos desafios atuais para a construção de uma legislação que contemple efetivamente a realidade daqueles/as que sofrem com esse crime. Como consequência, aponta a necessidade de legislação específica e destaca avanços, a partir da chamada Lei brasileira do Racismo, qual seja, 14.532 de 2023.</p>Átila Augusto dos SantosÊnio Jose da Costa Brito
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2024-09-092024-09-09291134157ALTERIDADES E RELIGIÕES
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<p>A questão em torno da identificação étnica quilombola tem sido explorada por muitas pesquisas, porém chama a atenção a ênfase dada a uma possível ilegitimidade aos grupos com presença cristã. Portanto, uma análise histórica da presença quilombola no Brasil e os avanços obtidos em torno do conceito de grupo étnico pode elucidar melhor a questão. A pesquisa é de cunho documental e bibliográfico. A teoria proposta por Fredrik Barth sobre os grupos étnicos e suas fronteiras servirá de base para o estudo aqui proposto. Diante disso, não seriam os atributos externos da cultura que determinam a identificação, sendo possível afirmar que um indivíduo ou grupo pode passar pela experiência cristã sem, no entanto, deixar de ser quilombola.</p>Alisson Gomes de MedeirosMarcos Flávio Portela Veras
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2024-09-092024-09-09291158182