TY - JOUR AU - Nilene Matos Trigueiro, AU - Ricardo de Figueiredo Lucena, PY - 2021/08/10 Y2 - 2024/03/29 TI - A FORÇA DO ESTIGMA DA ESCRAVIDÃO NO BRASIL OITOCENTISTA JF - Identidade! JA - Identidade! VL - 23 IS - 2 SE - RELIGIÃO, IDENTIDADE E HISTÓRIA DO - UR - http://revistas.est.edu.br/index.php/Identidade/article/view/746 SP - 131-148 AB - <p>A forte presença negra não impediu que estes indivíduos passassem despercebidos na representação social das cidades brasileiras, no século XIX. A elite negava-se a aceitar a cultura e qualquer tipo de inclusão do negro escravizado em seus espaços públicos de convivência. Jornais, revistas, obras de arte os omitiam para retratar a vida da elite branca, suas conquistas e comportamentos percebidos como civilizados. No intuito de preservar a identidade e afirmar a sua superioridade, o grupo dominante utilizou-se de estigmas que inferiorizavam e denegriam a imagem do negro. Provas desse comportamento não faltam, em autores como Rego e Freyre, cujo olhar transformava o estigma social em justificativa biológica, para construir a imagem do negro como um indivíduo dependente das benesses do branco. Diante desse contexto, as primeiras leis de combate à escravidão tornaram-se insuficientes para garantir o direito pleno à liberdade e a cidadania dos ex-escravos que, temendo retornar a sua condição anterior, desenvolviam artimanhas e lutavam para se defender do estigma da escravidão.</p> ER -