NARRATIVAS DECOLONIAIS

A MULHER NEGRA NA OBRA DE BEATRIZ NASCIMENTO, UM ESTUDO COMUNICACIONAL

Autores

  • Lucilene Guimarães Athaide Universidade do Vale do Rio dos Sinos

Palavras-chave:

Beatriz Nascimento, Mulheres negras, Decolonialidade

Resumo

O presente artigo busca analisar de forma crítico-reflexiva a abordagem do feminino na obra da historiadora brasileira Beatriz Nascimento. A autora é uma das referências nos estudos sobre a diáspora africana e a formação dos quilombos brasileiros. Este último, considerado seu objeto mais aprofundado de pesquisa. Utiliza-se como objeto empírico o livro “Beatriz Nascimento: intelectual e quilombola. Possibilidade nos dias de destruição”, lançado em São Paulo no ano 2018 pela editora Filhos de África. A obra é um compilado de ensaios, poesias, artigos e textos de Nascimento. A partir da leitura deste livro, em diálogo com autores da teoria decolonial, constituiu-se um olhar analítico para refletir sobre o espaço destinado às mulheres na obra da autora. Logo, o que direciona o estudo é uma análise do discurso sobre o feminino e a racialidade em três produções de Nascimento, escritas em temporalidades distintas e que estão presentes no livro. O objetivo deste artigo, além de contribuir para a propagação da obra de Nascimento, ainda pouco abordada se considerada sua importância, é de retomar a pertinente discussão sobre a decolonialidade nos estudos históricos, mas, sobretudo, refletir sobre o espaço que é destinado à mulher negra no chamado Pós-Emancipação, com enfoque na época em que Nascimento escreveu: décadas finais do século XX. A leitura da obra parece indicar que ainda há um caminho a ser percorrido na investigação de escritos antirracistas. A análise que segue também indica fortemente que as questões apontadas outrora permanecem atemporais de forma inerente na sociedade brasileira.

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Publicado

04/20/2023

Como Citar

Guimarães Athaide, L. (2023). NARRATIVAS DECOLONIAIS: A MULHER NEGRA NA OBRA DE BEATRIZ NASCIMENTO, UM ESTUDO COMUNICACIONAL. Identidade!, 27(2), 135–158. Recuperado de http://revistas.est.edu.br/index.php/Identidade/article/view/2254

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